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ERROS E POLITICAGENS DA F1

1) GP Itália 1978:

 

Andretti e Peterson disputavam o titulo da temporada em Monza. Justamente nessa corrida, a FISA estreou o novo sistema de largada com luz verde no semáforo, mas não foi combinado com o fiscal de pista avisar ao Diretor de Provas o momento que todos os carros estivessem parados no grid.

Resultado: o Diretor de Provas Gianni Restelli deu a largada com alguns carros ainda chegando no grid e esses carros tiveram vantagem de aceleração em relação aos demais que estavam parados, formando um "bolo" de carros durante a largada. Esse erro não foi a causa, mas contribuiu para agravar o acidente de Ronnie Peterson, que veio a falecer no dia seguinte. Na época quiseram colocar a culpa no Patrese, mas na verdade foi um erro da Direção de Prova. O acidente de Peterson poderia ter tido uma gravidade bem menor, se o procedimento de largada fosse feito corretamente como é feito nos dias de hoje.

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2) GP Bélgica 1981:

Ricardo Patrese deixou sua Arrows morrer para a largada para o GP Bélgica 1981, e levantou freneticamente as mãos para avisar o Diretor de Provas que não abortou a partida. O seu mecânico entrou na pista para fazer o carro pegar, quando os demais carros largaram e por azar seu, o carro da mesma equipe veio por atrás e atropelou esse mecânico. E pior ainda, que a Direção de Prova não queria interromper a prova para tirar o mecânico machucado, se não fossem os pilotos bloquearem a pista, a prova não seria interrompida. Por sorte ele teve fraturas nas pernas e sobreviveu, mas foi uma sucessão de erros grosseiro da Direção de Prova e do próprio mecânico da equipe que poderia ter custado a vida dele.

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3) Temporada de 1982:

O regulamento da temporada de 1982 determinava que os carros fossem pesados depois das corridas, sendo que antes da pesagem final, os carros poderiam ser reabastecidos com fluídos perdidos durante a corrida.

 

Resultado: malandramente as equipes Brabham e Williams, utilizaram um tanque de água que era esvaziado durante a corrida para ficarem mais leves e depois da corrida eram abastecidos para a pesagem final e ficavam dentro do peso regulamentar. A FISA descobriu a artimanha, desclassificou os carros no GP Brasil 1982. No fundo a FISA teve culpa ao deixar uma brecha tão grande no regulamento, que seria facilmente utilizada pelas equipes.

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4) GP Brasil 1983:

No GP Brasil 1983, o carro de Keke Rosberg teve um princípio de incêndio, o fogo foi apagado, ele voltou à corrida e chegou em 2o lugar. Após a corrida ele foi desclassificado por ter sido empurrado nos boxes e a FISA estranhamente decidiu que o 2o lugar ficaria vago no resultado final. A decisão correta seria que todos os pilotos que chegaram atrás subissem uma posição, inclusive Alain Prost que chegou em 7o lugar, deveria ter ganho o ponto do 6o lugar.

Essa insensata decisão por muito pouco não influenciou o resultado do campeonato de 1983, haja vista que no final do ano Piquet foi campeão com 59 pontos contra 57 pontos do Prost, ou seja, o 1 ponto não dado ao Prost no GP Brasil, não fez falta ao francês, mas poderia ter feito o título mudar de dono no fina do ano.

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5) GP Mônaco 1984:

O procedimento de interrupção do famoso GP Mônaco 1984 foi político e irregular, e as razões seguem abaixo.

 

Primeiro: Alain Prost estava nitidamente perdendo rendimento com problemas nos freios e o brasileiro Ayrton Senna estava chegando nele, tirando 3 segundos por volta, quando a prova foi interrompida, garantindo a vitória do francês.

Segundo: o procedimento de bandeira vermelha determina que o Diretor de Provas interrompa a corrida, e depois os Comissários da Corrida decidem se a prova será continuada ou finalizada definitivamente. Mas Jack Ickx interrompeu com duas bandeiras ao mesmo tempo, vermelha e quadriculada, o que não há respaldo pelo regulamento e portanto finalizou a corrida passando por cima da decisão dos Comissários, o que é uma usurpação de autoridade.

Terceiro: anos mais tarde Jack Ickx confessou que Jean Marrie Balestre o mandou interromper a corrida. Depois da corrida houve até uma investigação pela FISA sobre a interrupção dessa prova, mas por motivos óbvios não deu em nada, pois Balestre fora o principal interessado na manobra. (Veja abaixo reportagem do Jornal do Brasil de 09 de junho de 1984 pg 20)

Na verdade foi mais uma interferência do Presidente da FISA na F1, mas dessa vez acabou prejudicando Alain Prost, pois o francês acabou perdendo o título no final do ano por 0,5 ponto, devido a interrupção prematura dessa corrida. 

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6) Temporada de 1989:

A temporada de 1989 foi caracterizada pela luta entre Ayrton Senna e Alain Prost. O auge dessa disputa foi no GP Japão 1989, na qual ao ser ultrapassado, o francês jogou o carro no brasileiro, pois se ambos batessem, o campeonato ficaria com Prost. Após o acidente, o francês saiu do carro, foi até a Sala dos Comissários, logo em seguida Balestre mandou desclassificar Senna. (fonte: https://www.youtube.com/watch?v=GiTQ9PEbBBA e fonte: https://www.youtube.com/watch?v=4kmVzKikYQE&t=265s no minuto 20).

 

Ron Dennis foi testemunha de tudo que aconteceu nesse dia e disse que Prost pressionou o Presidente da FISA para manipular o resultado da corrida. (Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=nfE8uoolrr0)

Lembrando que no passado vários pilotos tinham sido empurrados pelos fiscais para sair de situação perigosa:

  • Alan Jones na Espanha e Canadá 81,

  • Mansell Bélgica 82,

  • Piquet na Holanda 85, México 87 e Japão 88,

  • Martini na Austrália 85,

  • Tambay na Hungria 86,

  • Herbert em San Marino 89,

  • Danner no Canadá 89,

  • Alliot na Bélgica 89,

 

Ou tinham cortado a chicane:

  • Pironi na Bélgica 81,

  • Villeneuve e Jones na Áustria 1981,

  • Piquet em San Marino 83,

  • Tambay na Itália 83,

  • Rosberg na Alemanha 86,

  • Berger em San Marino 88,

  • Nanini na Inglaterra 88,

  • Prost em San Marino 89,

  • Mansell na Bélgica 89.

Nenhum desses pilotos foram punidos e/ou desclassificados, inclusive o próprio Prost cortou a chicane no GP San Marino 1989, teria que ser desclassificado se fosse usado o mesmo critério usado para Senna no Japão 89. E até onde se sabe Senna foi o único piloto da história desclassificado por cortar a chicane.

 

Segue o que estava escrito no artigo 56 do regulamento (Fonte Anuário F1 1989 Francisco Santos pg 135):

"Se um carro parar, deve ser removido da pista o mais rapidamente possível, de modo que sua presença não constitua perigo, ou prejudique a corrida ou treino. Se o piloto não puder tirar seu carro de uma posição perigosa por seus próprios meios, é dever dos fiscais de pista ajudá-lo. Neste caso o piloto religa o motor e volta a corrida, sem cometer uma infração, não será excluído."

O que alegou Balestre sobre a desclassificação de Senna: “Senna cometeu vários erros: primeiro, passou pelo interior da zona que delimita o acesso aos boxes: depois deveria ter abandonado o seu carro, como fez Prost: por último ao ter conseguido que os fiscais de pista lhe tivessem posto seu carro no meio da pista, deveria ter seguido por esta, em vez de optar pela escapatória”.

 

Na verdade, Balestre passou por cima das funções do Diretor de Prova, distorceu a interpretação do item 56, e se baseou no fato que o piloto deveria cumprir 100% do percurso da corrida, para dar ar de legalidade na desclassificação de Senna, e para completar ainda inventou um argumento de "Direção Perigosa" inexistente no regulamento da FIA.

 

Na verdade, o brasileiro ficou parado na pista e foi empurrado pelos fiscais, devido a manobra anti-desportiva do Prost, pois seria muito mais perigoso ele voltar na contramão e fazer o traçado normal, do que passar pelo do atalho da pista. 

A situação foi tão estranha, que os documentos da Direção de Prova foram trocados e mais tarde apareceram com textos alterados sem a assinatura correspondente do responsável da equipe. Depois ainda, Balestre suspendeu a super-licença de Senna e exigiu o pedido de desculpas do brasileiro, que só pôde pilotar o carro de F1 15 dias antes do GP EUA 1990. (Fonte: Anuário F1 1989 Francisco Santos pg 139 a 140)

"Os regulamentos estão certos, mas têm que ser aplicados corretamente por pessoas que sabem o que são os valores certos. O que está em causa é mais do que a decisão agora tomada. como está abre-se a porta para toda espécie de arbitrariedade." (Ron Dennis, Anuário F1 1989 Francisco Santos pg 140)

No briefing do GP Japão 90, Piquet disse que se a situação de Senna na chicane acontecesse de novo, seria mais perigoso obrigarem os pilotos voltarem na contramão e numa votação promovida pelo Balestre, todos os pilotos decidiram que não seria necessário utilizar a contramão para voltar à corrida, o que deixou Senna revoltado, pois ele tinha sido desclassificado em 1989 justamente por isso. Como isso ficou claro que ele a desclassificação dele foi política.

Antes da sua morte, Balestre confessou com todas as letras: "Dei uma ajudinha a Prost nesse dia." (Jean Marrie Balestre em 05/11/1996)

 

Anos mais tarde, Nigel Mansell, que correu ao lado do Prost na Ferrari, confirmou aquilo que já sabíamos sobre as manipulações de Prost: "Alain era o professor de manipulação e politicagem na F1". (Nigel Mansell) 

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Gmo4AgyE7WI

Piquet empurrado Japão 88.jpg
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Prost corta chicane san Marino 89.jpg
Balestre ajudou Prost 06111996 pg 36.jpg

Imagens reproduzidas do GP Japão 88 volta 10, GP San Marino 89 volta 45, GP Japão 89 volta 47 e Jornal a Folha de São Paulo 06/11/1996 pg 36.

No GP Japão 88 volta 10, Piquet foi para caixa de brita foi empurrado pelos fiscais e não foi desclassificado. No San Marino 89 volta 45, Prost cortou a chicane e não foi desclassificado. No GP Japão 89 Senna teve uma situação foi parecida com essas duas, mas estrategicamente Balestre aplicou um critério bem diferente com o brasileiro.

Ficou absolutamente claro que Balestre "garfou" Senna nesse dia, haja vista que a ordem de punição a Senna partiu dele, mas devemos mencionar que mesmo que ele não desclassificasse o brasileiro, Prost seria o campeão de 1989 do mesmo jeito, por que Senna precisaria vencer o GP Austrália 1989, mas nessa corrida sob chuva ele bateu na traseira do Martin Brundle. Na verdade Senna teve muitos problemas (quebras e acidentes) em 1989. 

7) McLaren de Berger no GP Canadá 1992:

A F1 em 1992 estava perdendo audiência devido o domínio avassalador da Wiliams que tinha um carro 2s mais rápido que qualquer carro do grid. No GP Canadá 1992, Senna, Mansell e Patrese tiveram problemas e abandonaram. Berger acabou herdando a vitória, mas seu carro tinha uma asa traseira afixada alguns milímetros fora do local permitido pelo regulamento, mas a FISA fez "vista grossa" e confirmou a vitória do austríaco. James Hunt foi desclassificado no GP Espanha 1975 por situação igual, mas às vezes a politicagem fala mais alto. (Fonte: Anuário FS 1992 pg 111)

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8) Temporada de 1994:

O regulamento da temporada de 1994 proibiu o uso de dispositivos eletrônicos, foi descoberto nos treinos livres do GP Pacífico que a Ferrari estava usando CT. Após o GP San Marino a FIA solicitou aos três primeiros colocados o software dos carros e descobriu-se que a McLaren tinha câmbio automático e a Benetton possuía "launch control" no carro do Schumacher. A inspeção técnica da FIA que encontrou uma opção 13, oculta do MENU da centralina da Benetton e esse dispositivo poderia ser usado facilmente durante as corridas.

Ainda teve o episódio do GP Alemanha, quando foi descoberta a retirada do filtro da mangueira de abastecimento da Benetton. Como o fornecedor do equipamento de abastecimento autorizou por escrito a retirada do filtro da mangueira da Ligier (equipe na qual Briatore era dono) e a Benetton também retirou tal filtro. Na época eles alegaram que o mecânico tirou sem consultar a equipe, mas todos sabem que nenhum mecânico faria isso... Resumindo Flavio Briatore ameaçou "jogar merda no ventilador" se a Benetton fosse punida, e deu certo.

Em 29 de junho de 1994, a FIA decidiu que não existiam provas concludentes que o "launch control" da Benetton tinha sido usado. Essa justificativa é bem estranha, pois ninguém na F1 mantém um dispositivo no carro para não ser usado. Ou seja, a pressão política da Benetton surtiu efeito e a FIA POLITICAMENTE NÃO DESCLASSIFICOU NINGUÉM. 

No GP Inglaterra 94, a Direção de Prova aplicou punição de stop and go ao Schumacher por passar Hill na volta de apresentação. Schumacher cumpriu o stop and go várias voltas depois, e acabou sendo desclassificado e impedido de correr por mais duas corridas (Itália e Portugal), punição extremamente severa. Com isso, Damon Hill chegou "artificialmente" na pontuação do Alemão no final da temporada. Ficou claro que a FIA quis compensar alguma coisa que deixou de fazer durante o ano.

 

Se Senna não morresse, podemos imaginar que essas punições dadas ao Schumacher dificilmente aconteceriam, e a FIA deixaria a disputa na pista livre entre os pilotos sem interferências políticas.

Anos mais tarde Willem Toet da Benetton relatou que o CT da Benetton era mecânico. A explicação dele era totalmente contraditória, pois tudo que ele falou era ajuda eletrônica na sua essência, portanto seria irregular do mesmo jeito. Ao ser indagado sobre o MENU 13 com "launch control' no volante do carro do Schumacher, ele disse que desconhecia, o que é no mínimo estranho, já que como engenheiro do carro ele deveria conhecer esse sistema. A explicação dele não convenceu.

Seguem os termos que Willem usou sobre o suposto CT não eletrônico:

  • “sensores de alta precisão”,

  • “coletar dados com níveis de aderência do asfalto”,

  • “controle de taxas de aceleração por estágios”,

  • “cortes nos níveis de ignição”,

  • “ele cortava a baixa voltagem transferida às bobinas”. 

Jos Verstappen deu declaração sobre a Benetton do Schumacher em 1994:

"Havia ajudas de pilotagem eletrônicas. Nunca foi mencionado, mas estou convencido, e, mais tarde, quando perguntei a Flavio Briatore, ele respondeu 'não vamos falar sobre isso'. Portanto, agora já sei o suficiente. Como todos os outros, Michael também depende de seu carro. Para a maioria das pessoas, ele era um deus, mas não é um super-homem - no kart, ele nunca me bateu." (Jos Verstappen)


Fonte: http://autoracing.virgula.uol.com.br/ultimas-da-formula-1/f1-verstappen-diz-que-schumacher-trapaceou-em-1994

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9) Temporada de 1998:

Em 1998 a FIA tomou decisões muito benevolentes em relação à Ferrari. No começo da temporada, a FIA baniu os freios assimétricos da McLaren mais como forma de tirar a vantagem técnica da equipe inglesa do que por irregularidade, pois não havia nada no regulamento coibindo a sua utilização, tanto é verdade que somente no 2o semestre de 2024, a FIA colocou no regulamento um item proibindo tal dispositivo.

No GP Canadá, Schumacher empurrou Frentzen para fora na saída dos boxes e toma punição de 10 segundos que foi cumprida pelo Alemão. Na volta 38 Schumacher ultrapassa Hill cortando a chicane, levou vantagem na manobra, mas a Direção de Prova fez vista grossa, mesmo com o protesto da equipe Williams.

No GP Inglaterra, Schumacher passa Wurz em bandeira amarela e toma punição de stop and go referente ao artigo 57 letra "c" do regulamento. Jean Todt, malandramente, gerou dúvida em relação ao item do artigo (item "c" ou "e"), justamente para postergar a punição o maior tempo possível, para que ela fosse cumprida no final da corrida. O plano deu certo, Schumacher cumpriu a punição na última volta e ganhou a corrida cruzando por dentro dos boxes. O Alemão levou nítida vantagem, pois o tempo perdido pelo stop and go foi bem menor do que se fosse feito numa volta normal, mas a FIA novamente fez "vista grossa" e ficou por isso mesmo.

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10) GP Malásia 2002:

A temporada de 2002 ficou caracterizada pelo domínio da Ferrari nas corridas, mas no GP Malásia 2002, Schumacher e Montoya largam lado a lado, o Alemão erra a freada e espalha para cima do Montoya, perde o bico e quase joga o colombiano para fora da pista. Estranhamente a Direção de Prova inocenta Schumacher e dá punição de Drive Through ao Montoya, que na verdade foi vítima na manobra errada do Alemão. Montoya foi o primeiro a tomar uma punição desse tipo na F1, resultado de um erro grosseiro de interpretação da Direção de Prova.

Até Schumacher reconheceu que a punição ao colombiano foi injusta. 

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11) Temporada de 2006:

A temporada de 2006 ficou marcada pela luta entre dois super pilotos: Michael Schumacher e Fernando Alonso. A equipe Renault utilizava Amortecedores de Massa que estavam aprovados pela FIA desde 2005. Mas estranhamente eles foram proibidos no meio da temporada de 2006, algo totalmente anormal, pois não se pode mudar a homologação de um equipamento com o campeonato em andamento. Com isso o carro da Renault piorou de rendimento, a Ferrari melhorou e por pouco Fernando Alonso não perdeu o campeonato.

E ainda teve a punição controversa no GP Itália, onde o Alonso perdeu seus 3 melhores tempos no Q3, por supostamente atrapalhar Massa na sua volta rápida, quando na verdade o espanhol estava 100 metros na frente do brasileiro. Por causa dessa punição Alonso teve que largar em 10o lugar.

Tudo indica que a FIA agiu POLITICAMENTE, para beneficiar a Ferrari e fazer Schumacher entrar na luta pelo campeonato com Alonso, na sua despedida da F1. Foi uma vergonha.

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12) Temporada de 2008:

Em 2008 a FIA aplicou punições estranhas e controversas ao Hamilton, dando a impressão que queriam empurrar a decisão pelo título para o GP Brasil, o que de fato aconteceu.

No GP Bélgica 2008, Hamilton, ao tentar ultrapassar Raikkonen, corta a chicane mas devolve a posição e repassa o finlandês na curva seguinte. A FIA deu punição de 25 segundos inglês no final da corrida e colocou o item no regulamento após a punição, algo jamais visto na F1, pois se o item proibitivo entrou no regulamento depois do fato, o inglês não poderia ter sido punido.

No GP Japão 2008, Hamilton assume a liderança na largada com pista ligeiramente úmida, depois sai da pista e volta atrás do Felipe Massa. Na volta 2, o inglês ultrapassa o brasileiro na chicane, Felipe tenta dar o troco, bate na McLaren e faz o inglês rodar. A FIA deu STOP AND GO para ambos os pilotos, alegando que Massa provocou o incidente e que Hamilton fez uma largada perigosa, quando deveria dar punição apenas ao brasileiro.

Ficou a impressão que a FIA estava querendo empurrar a disputa do título para o Brasil, pois eles sabiam que o GP Singapura 2008 fora manipulado e isso fez Felipe Massa perder pontos importantes, então tentaram compensar de alguma forma.

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Momento do toque de Massa no Hamilton no Japão 2008

13) GP Abu Dhabi 2021:

A temporada de 2021, foi uma das mais equilibradas de todos os tempos, e disputada entre dois grandes pilotos, mas a Direção de Prova no GP Abu Dhabi errou. No final da corrida, o inglês liderava e estava indo para o OCTA, quando a Direção de Prova determinou a entrada no Safety Car a 4 voltas do final. Ao não dar bandeira vermelha, a Direção de Prova deu uma enorme vantagem estratégica para a equipe Red Bull.

 

A vantagem veio do poder de escolha da Red Bull após a passagem do Hamilton:

  • Se Hamilton entrasse nos boxes, Verstappen permaneceria na pista para se manter na frente e tentaria "fechar a porta" do Hamilton, pois se ambos batessem o favorecido seria o holandês. 

  • Se Hamilton não entrasse nos boxes, Verstappen trocaria os pneus para super macios e partiria para o ataque na última volta, o que de fato aconteceu.

Ficou a impressão que não foi um erro proposital, foi sim uma falha de avaliação de Michael Massi (Diretor de Provas) do regulamento e possíveis consequências na decisão do campeonato. Mas o erro pior de todos foi o Diretor de Provas ter deixado apenas os retardatários que estavam entre Verstappen e Hamilton, tirarem uma volta de vantagem em relação o líder, antes da relargada, com isso Hamilton ficou na "alça de mira" do Verstappen.

Algumas pessoas dizem que foi um campeonato "roubado", mas na minha modesta opinião, não acho que tenha sido.

Se Michael Massi quisesse prejudicar Hamilton teria o punido já no começo da corrida, quando o inglês ao ser ultrapassado por Verstappen corta o caminho por fora da pista e recupera a posição, mas o inglês não foi punido. No episódio 10 da série "Drive to Survivor 2021", foi dito que os comissários perceberam que o Verstappen "abriu mão da vantagem" na volta que ele ultrapassou Hamilton, como se o holandês tivesse feito de propósito para fazer Perez chegar no Hamilton, então por esse motivo os comissários deixaram Hamilton na liderança da corrida.

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14) Red Bull estoura o limite de orçamento na temporada de 2022:

A FIA comprovou que a equipe Red Bull estourou o limite de orçamento de US$ 140 milhões previsto para a temporada de 2022, mas puniu a equipe na redução de 10% de tempo no túnel de vento para 2023, ou seja, eles teriam direito a 70% do tempo, mas esse tempo foi reduzido para 60%. Punição absolutamente insignificante e ineficaz.

O fato da equipe austríaca ter obtido vantagem no orçamento, levou-os a sair na frente em termos de desenvolvimento do seu carro, que se tornou rapidamente o melhor do grid. Com isso a Red Bull conseguiu vitórias e pontos importantes para abrir frente no campeonato e dificilmente as demais equipes teriam condições de alcançá-la, por causa da limitação orçamentária imposta pela FIA, mas que não foi respeitada pela Red Bull. Ou seja, a equipe burlou o regulamento e tirou proveito dessa vantagem. Christian Horner negou... mas foi um tipo de trapaça muito bem pensada.

A FIA errou em dar uma punição branda, abrindo um precedente perigoso para outras situações similares no futuro.

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15) GP EUA-Austin 2024:

Na volta 52 do GP EUA 2024, Lando Norris tenta ultrapassar Max Verstappen por fora, o holandês defende a posição freando mais tarde, passa reto na tangência da curva e força Norris sair da pista e o inglês ganha a posição do holandês, sendo que ambos saíram da pista. Os comissários deram punição de 5 segundos para o Norris, quando deveria dar também para Verstappen, beneficiando o causador do quase acidente envolvendo os dois candidatos ao título, que foi o holandês.

 

Muitos especialistas da F1 não concordaram com a punição dada apenas para Norris, pois por questão de justiça deveria ter dado a punição aos dois pilotos. Erro de avaliação grosseiro, similar ao de Schumacher-Montoya no GP Malásia 2002.

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